Nesta quinta-feira, 25 de agosto, começa o julgamento da presidenta Dilma Rousseff no Senado Federal. Mas essa não será a única novidade na casa hoje: senadoras e senadores receberão um exemplar o jogo Efeito 55, que simula o processo de impeachment num tabuleiro. O objetivo do jogo é debater de forma lúdica alguns acontecimentos que estão em pauta nesse processo. Serão os integrantes do Senado bons jogadores? Criado colaborativamente, o jogo possui um tabuleiro com os rostos dos 70 senadores e 11 senadoras, além de 50 cartas baseadas em fatos reais, divididas entre manobras políticas, eventos de mídia, ações de movimentos sociais e cartas-coringas que podem provocar reviravoltas a cada partida. Jogadores devem contar com boa estratégia, alguma sorte e, em se tratando do cenário político brasileiro, a possibilidade de qualquer coisa acontecer.
O jogo pode ser baixado gratuitamente em www.efeito55.com.br, onde também é possível continuar colaborando com o projeto por meio de feedbacks e sugestões. Todo o conteúdo está disponível para livre reprodução e modificação sob a licença Creative Commons. Download gratuito do jogo: http://efeito55.com.br/download/
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]]>Quando soubemos da convocatória para o Contralab:Reboot – uma semana de imersão no laboratório hacker rural Nuvem, em Viscode de Mauá-RJ, para o desenvolvimento de projetos relacionados à democracia – não pensamos duas vezes em inscrever o jogo. O objetivo do laboratório era “repensar os mecanismos de representação, facilitar a participação pública na tomada de decisões, ampliar o acesso a informações sobre personagens e recursos públicos”. Bingo! A inscrição feita e foi selecionada para ser desenvolvida com outros colaboradores na Nuvem.
Durante aqueles 7 dias de imersão, o projeto que chegou como proposta inscrita “O Jogo do Golpe” sofreu as transformações esperadas da colaboração de todos os presentes até se tornar “Efeito 55”. Na Nuvem, jogamos diversas vezes, aprimoramos as cartas, jogamos novamente, discutimos e desenhamos diferentes layouts, jogamos de novo e de novo, pensamos campanha de mobilização, criamos esse site, ‘embalagem do jogo’… Com muitas mãos e cabeças trabalhando juntas, chegamos ao fim do processo com um produto que já poderia ser baixado e testado por todos!
As mudanças mais significativas nesse processo criativo foram:
Todo o processo na Nuvem ficou registrado nesta wiki.
Agradecemos a todas as pessoas que colaboraram para que Efeito 55 fosse possível!
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Apaixonados por jogos e pela democracia, uns amigos se juntaram no almoço para discutir a possibilidade de fazer um jogo. Sobre o quê? Era 10 de junho, e o Brasil tinha sofrido o segundo golpe de um ‘Golpe de Estado’ e não havia clima pra outro assunto: seria um “jogo do golpe”.
Sentados à mesa, quase não comendo de tão animados, foi ali mesmo que começou a ideação e prototipagem… E se…?
Uma ideia atrás da outra, a proposta foi ganhando forma: seria um jogo de tabuleiro, com cartas sobre o “golpe”. E seria sobre o próximo e último capítulo da instalação do regime de exceção: a votação final do Senado.
Marcada para dali a dois meses, esse era o tempo de desenvolver o jogo.
Um tabuleiro marcaria o placar de votação que seria alterado por fatos cotidianos, representados nas cartas.
As cartas teriam valências e seriam usadas pelos jogadores para mudar as posições.
Eureka! Havia ali um embrião do jogo. Agora era tirar da cabeça, colocar no código e imprimir no papel.
Desajeitados, passaram a tarde fazendo a primeira versão. Depois de alguns minutos de discussão, uma versão preliminar ‘protótipo’ do que seria o jogo já estava sendo impresso como “cartas contra o golpe”!
Em uma próxima reunião na ‘Casa da Dani’, animados com o protótipo, enquanto todos bebiam, foi formada uma mesa para testar a primeira versão ‘beta’ do jogo e ali, pela primeira vez, foi jogado “Cartas contra o Golpe”.
Vários problemas começaram a surgir, apontados pelos participantes nas 4 rodadas que desfrutaram da criação:
– era muito difícil derrubar o golpe pois a maioria das cartas era pró-golpe…
– era muito difícil marcar o tabuleiro, pois eram 81 senadores, e ficaria difícil mudar a posição individual de cada um (era até difícil achá-los no tabuleiro)
– era preciso definir papeis: quem defende o golpe ou a democracia?
– era preciso ter “uma carta do Cunha” (sugestão jamais incorporada pois o jogo era do Senado, mas as pessoas tinham dificuldade em entender a separação das casas congressuais no país).
Estava lançada uma ideia do que seria o jogo, ao menos acreditávamos que precisava apenas de alguns ajustes.
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